Isabel passeava pelas
ruas, contemplando as montras e observando melancolicamente a sua imagem refletida
nos vidros. Não era uma mulher que desse nas vistas, sabia-o bem. Os óculos de
massa escura ocultavam os olhos de um azul água, o cabelo estava apanhado sem
grande jeito, uma forma de domar os caracóis rebeldes, e as roupas largas disfarçavam as formas do seu corpo.
"Não és propriamente
a Kate Moss", pensou, enquanto, com um suspiro, empurrava a porta da agência de
publicidade onde trabalhava.
Interiormente, acreditava que era um caso completamente perdido. Consolava-se ao conjeturar que não devia ser a única virgem de trinta anos no Planeta Terra. Deviam existir pelo menos mais duas como ela.
Interiormente, acreditava que era um caso completamente perdido. Consolava-se ao conjeturar que não devia ser a única virgem de trinta anos no Planeta Terra. Deviam existir pelo menos mais duas como ela.
No exato minuto em que se
sentou à secretária, a colega do lado perguntou em voz baixa: "Já viste o
rapaz que entrou hoje?"
Isabel, com uma expressão
de indiferença, retorquiu: "Não podes ver um homem!"
E prometeu a si própria
mostrar-se imune à mais recente contratação da agência. Detestava a figura de parva que
algumas mulheres faziam quando encontravam um homem atraente e recusava-se a
juntar-se a esse número.
Nesse momento, uma voz grave fez-se ouvir atrás de si: "Será que me podes ajudar? Estou aqui desesperado à procura da máquina de café…"
Nesse momento, uma voz grave fez-se ouvir atrás de si: "Será que me podes ajudar? Estou aqui desesperado à procura da máquina de café…"
Isabel
ergueu os olhos azuis que pousaram num
rosto moreno e atraente, emoldurado por um cabelo negro e ondulado. "Peço desculpa pela
minha urgência, mas sou completamente viciado em café. Ainda nem sequer me
apresentei. Sou o Vasco e tu..." "Chamo-me Isabel e a máquina de café
é no fundo do corredor à esquerda", respondeu ligeiramente embaraçada. É que
ele era mesmo atraente. E para ficar ainda mais embaraçada, Vasco disse-lhe: "Já tomaste café? Posso oferecer-te um?
Afinal, é o meu primeiro dia aqui e não conheço ninguém?"
Espantada pela gentileza,
Isabel aceitou acanhadamente e caminhou a seu lado até junto da máquina,
sentindo-se observada por todas as colegas. Mas a conversa entre ambos acabou
por fluir naturalmente, à medida que ele colocava questões sobre o
funcionamento da agência.
Por fim, regressaram aos seus lugares
e Isabel descobriu que a secretária de Vasco ficava exatamente à frente, pelo
que era impossível evitar contemplar o rosto atraente e o corpo elegante do
colega.
A primeira semana passou,
algumas palavras foram trocadas entre ambos e, por diversas vezes, a jovem
apercebia-se do olhar de Vasco pousado em si. Até que, um dia, quando se
preparava para sair, ele se aproximou e, discretamente, inquiriu: "Haveria
possibilidade de aceitares jantar comigo?".
O espanto não permitiu que
Isabel refletisse na resposta, porque, nesse instante, um "sim"
soltou-se da boca.
Vasco levou-a a um
restaurante agradável e dirigiu a conversa com bom humor e inteligência. Aos poucos, a
atenção do colega e o
efeito libidinoso do vinho exerceram o seu efeito. Isabel deixou de se achar feia e desinteressante e entregou-se ao
prazer de estar ali, com um homem atraente e sedutor que simpatizava com ela.
No final da refeição, Vasco
pegou-lhe na mão, dizendo: "Sabes que és uma mulher muito atraente? Se não
escondesses os olhos por detrás dessas lentes,
se soltasses o cabelo e te atravesses a usar outras roupas, todos olhavam para
ti!".
Ela corou e remeteu-se a
um silêncio acanhado,
até que Vasco a arrastou para a rua, a puxou para si e a beijou com firmeza, não a
deixando fugir, mesmo que ela tivesse tentado durante alguns segundos. Por fim entregou-se e durante alguns
minutos, beijaram-se como se estivessem sozinhos no centro da grande cidade.
Por fim, com um sorriso
terno, Vasco disse que a ia levar a casa. Todo o percurso conduziu em silêncio, dando
espaço aos
pensamentos da companheira. Mas, quando chegaram
ao destino, a jovem ganhou coragem para obedecer ao seu desejo: "Queres
subir e beber um café?"
‘Claro que sim’, responde
com um sorriso. O coração
de Isabel bateu mais depressa.
Já na sala do seu pequeno apartamento, Vasco tentou
novamente beijá-la mas Isabel afastou-o, levantando-se de um salto do sofá e
dizendo com a voz a fugir: "Vou preparar qualquer coisa para bebermos".
Era apenas a maneira de disfarçar o tremor que
invadia o seu corpo e de arranjar tempo para interiorizar que estava em sua
casa, com um homem e que ele a desejava como mulher. E agora? Tudo dependia de
si. Estaria preparada para se entregar?
Se durante tantos anos erguera um muro à sua volta e não deixara
ninguém aproximar-se. E quanto mais os anos passavam, mais complicado era
libertar-se das suas inseguranças e da vergonha de nunca ter tido sexo na vida.
Voltou à sala com dois
copos de vinho na mão e sentou-se no tapete, rodeada de almofadas,
junto à lareira onde Vasco ateara um agradável fogo. "Sentes-te
bem?", perguntou o rapaz, ao observar o rosto pálido de Isabel.
Nesse instante, ela tirou
os óculos e, sem pensar, os seus lábios procuraram os dele com toda a sofreguidão
que tinha encerrado dentro de si. Depois, despiu-lhe a camisa e, com a língua,
explorou cada centímetro daqueles músculos definidos como uma escultura de
bronze. Subjugado pelo desejo, Vasco soltou-lhe o cabelo, que caiu em cachos
sobre os seus dedos, arrancou-lhe a camisola, desapertou-lhe o soutien e uns
seios redondos expuseram-se inteiros perante si. "És perfeita"
exclamou, enquanto, com a boca, desbravava sequiosamente os mamilos rosados
como botões de rosa.
O corpo de Isabel tremeu
em contacto com a língua quente de Vasco e deixou-se simplesmente arrastar pela
magia do momento. Ele reclinou-a no tapete, despiu-a completamente e contemplou
aquela pele de marfim, o recorte perfeito das ancas, a linha definida da
cintura e a leve pelugem loira oculta entre as pernas. Incapaz de resistir a
semelhante imagem, a sua língua vagueou perdido pelos recantos mais escondidos
daquele corpo, até que se deitou sobre ela.
"Estás a tremer. O
que se passa?", perguntou. Isabel limitou-se a rodear com os braços o tronco de
Vasco e com as pernas envolveu a sua cintura. "Nada", disse, sentindo
o pénis ereto roçar-lhe o clítoris,
pronto para mergulhar inteiro e sedento dentro de si. Sentindo que a vagina de
Isabel se oferecia húmida ao seu membro, Pedro
entrou dentro dela, mexendo-se com perícia, demorando tempo a acariciar com os
lábios as ondas suaves do pescoo e sugando com
prazer aqueles seios cheios que se elevavam como duas colinas na sua direção. Com uma das mãos,
passeava pelas nádegas e pelas
coxas da parceira. "Quero-te dar muito prazer", sussurrou-lhe ao
ouvido, à medida que os gemidos de Isabel subiam de tom, até que sentia que
aquela vagina se contraia nos espasmos doces de um orgasmo. O seu pénis n‹o
conseguiu resistir ao grito de volúpia que se soltava da parceira e Vasco
entregou-se com ela nas ondas de um prazer sem limites.
Só depois de alguns
momentos, Vasco se apercebeu que umas gotas de sangue manchavam os lençóis. "Foi a
tua primeira vez". Com um sorriso, Isabel
acenou que sim: "Foi. E quero mais". Com os líbios, comeou
a acariciar-lhe o tronco, até que a boca alcançou o pénis que, de imediato, enrijeceu. Colocando
o pénis na sua boca quente, deixou que a língua realizasse pequenas acrobacias
em seu redor. Quando Vasco estava prestes a
atingir o orgasmo, sentou-se em cima dele. Ele colocou as palmas das m‹os nas nádegas
da parceira, pressionando-as com fora, enquanto
Isabel se movia sobre ele. Até que, novamente, um orgasmo os arremessou. Por fim, o casal de amantes acabou por
adormecer e s— despertou com os primeiros raios de sol.
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